Sindicato dos Jornalistas

sexta-feira, maio 23, 2025

EMERJ: SINDICATO DESTACA A LUTA DAS MULHERES JORNALISTAS PELA IGUALDADE DE DIREITOS

“Um debate importante na luta em defesa das mulheres pela igualdade de direitos”. Assim a jornalista Virgínia Berriel, que representou o SJPMRJ, definiu o evento “O papel da mulher no Judiciário e na Imprensa – Peculiaridades e Afinidades ”, realizado nesta quinta-feira (22/5), na Emerj – Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. O encontro, que também contou com a participação do jornalista e ex-diretor do SJPMRJ, Geraldo Mainenti, integra as ações do Fórum Permanente Diálogos do Judiciário com a Imprensa – que chega a sua décima reunião.

A diretora do Sindicato, que participou como palestrante e também debatedora, cobrindo a ausência da jornalista Beth Costa, que por problemas de saúde não pode comparecer e participar, mesmo que virtualmente, destacou o evento como “importante e necessário debate sobre o papel da mulher, tanto no Judiciário quanto na Imprensa, a razão dos princípios basilares para a dignidade da pessoa como: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, princípios inscritos na constituição de 1958.

Em sua abordagem, não deixou passar em branco a situação de desigualdade em que se encontram as mulheres no exercício profissional. Desigualdade presente em quase todas as profissões – e no jornalismo não é diferente. “A nossa categoria de Jornalista, seja nos veículos impressos, jornais e revistas, mídias virtuais ou nos veículos de rádio e televisão, é composta por mais mulheres, cerca de 70%. Entretanto, é importante destacar que as mulheres ainda não ascendem da mesma maneira que os homens jornalistas em cargos de chefia, diretoria e presidência. Afora essa situação, as jornalistas ainda recebem salários inferiores aos salários pagos aos homens. E quando fazemos o recorte para as jornalistas negras, o distanciamento e as desigualdades são ainda maiores e se incluirmos as mulheres LGBTQIA +, as vulnerabilidades se escancaram”, frisou.

“Não é diferente das mulheres no Judiciário. Estas também estão em processo de grandes desafios e ainda são minoria em relação aos homens, embora se qualificam muito mais que eles”, acrescentou.

A questão da luta pela exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista – pedra de toque da Fenaj e dos sindicatos filiados, foi outro ponto destacado pela jornalista. Ela pediu aos demais palestrantes – desembargador e presidente da Emerj, Fernando Foch; Procuradora Federal Manuellita Hermes Rosa Oliveira Filha, e Juíza Flávia de Almeida Viveiros de Castro, apoio para que os órgãos de justiça sejam sensibilizados e em defesa da PEC do Diploma, ou seja, que o diploma seja obrigatório para o exercício da profissão, na perspectiva do combate as fake news, bem como para a taxação das Big techs.

Para finalizar, expôs o risco e impacto que os jornalistas sofreram com a pejotização no passado, e que pode matar de vez a categoria com todos os processos de solicitação de vínculo empregatício que estão parados no STF. “A pejotização, retida pelo ministro Gilmar Mendes, representa um risco de morte e uma vez deliberada pode pôr fim ao pouco de direito ainda existente na categoria de jornalista, como também de muitas outras”, afirmou, finalizando:

– Uma questão que certamente agitarâ o meio jurídico e imprensa e que eleverá a concientização sobre a luta que é travada pelas trabalhadoras e trabalhadores contra a pejotização da categoria. O que está em jogo aqui são os direitos das jornalistas e dos jornalistas. Direitos fundamentais para sua sobrevivência.

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