Sindicato dos Jornalistas

quarta-feira, junho 18, 2025

Nota de pesar – CÍCERO SANDRONI

A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro externa aqui o seu profundo pesar pelo falecimento do jornalista e escritor Cícero Sandroni (foto/reprodução), ex-presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) entre 2007 e 2009, na manhã desta terça-feira (17), aos 90 anos, em casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Sandroni faleceu em decorrência de um choque séptico causado por infecção urinária. O velório será realizado na sede da ABL, a partir das 10h desta quarta-feira.

Nascido em São Paulo, mudou-se aos 11 anos para o Rio de Janeiro, onde construiu sua carreira jornalística. Atuou em veículos como Tribuna da Imprensa, Correio da Manhã, Jornal do Brasil, O Globo, Jornal do Commercio e as revistas Fatos e Fotos, Manchete e Tendência, destacando-se em coberturas de política internacional. Cícero também fundou a Edinova, com Pedro Penner, editora pioneira na literatura latino-americana.

No campo da ficção, é autor de obras como O Diabo Só Chega ao Meio-Dia (1985) e O Peixe de Armana (2003), além das biografias Austregésilo de Athayde, o Século de um Liberal (1998), escrita em parceria com sua esposa, Laura Sandroni, e um perfil biográfico de Carlos Heitor Cony, publicado em 2003.

Em 1976 coordenou, com outros escritores, um manifesto contra a censura aos livros, assinado por mais de 1.000 intelectuais brasileiros, conhecido como o Manifesto dos Mil. Publicado na imprensa, o documento impediu a continuação da censura aos livros, que proibira a circulação de mais de 400 títulos de autores brasileiros e estrangeiros.

Entre os signatários do manifesto estavam Carlos Drummond de Andrade, Nélida Piñon, Antonio Carlos Jobim, Oscar Niemeyer, Heloneida Studart, Jorge Amado, Sérgio Buarque de Hollanda, Mário Lago, Paulinho da Viola, Chico Buarque, Dias Gomes, Milton Nascimento, entre muitos outros.

  • Com informações do G1 e Hora do Povo

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