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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Gazzaneo, 84 anos, jornalista e militante

A história do alagoano Luiz Mario Gazzaneo se confunde com a do jornalismo carioca. Após ingressar no Notícias de Hoje, periódico do Partido Comunista em São Paulo, chegou ao Rio em 1959 para chefiar a redação do Novos Rumos, jornal que também pertencia ao PCB. Ele veio à capital carioca convidado por Mário Alves, jornalista torturado e morto, no ano de 1970, no batalhão da Polícia do Exército, na Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, Rio de Janeiro.
E foi justamente num apartamento neste bairro da Zona Norte do Rio, em rua próxima à Barão de Mesquita, onde Gazzaneo viveu seus últimos anos de vida, junto a sua família e em meio a livros técnicos e teóricos – sobre comunismo e jornalismo.
Na década de 1970, trabalhou com Samuel Wainer na revista Domingo Ilustrado. Ainda na Bloch Editores, passou pela redação da Fatos & Fotos. Fez parte do consagrado time de jornalistas do Jornal do Brasil, onde foi editor, chefe de reportagem e editor executivo. Em 1983, trabalhou na agência de notícias do jornal O Globo. Entre seus últimos trabalhos, de 2000 a 2010, estava a coordenação da Comunicação Social do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Sempre adorei o trabalho de redação, o jornalismo”, costumava dizer. Com a morte de Gazzaneo, aos 84 anos, vítima de infarto, na manhã da última sexta-feira (12/10), o jornalismo brasileiro perde um de seus grandes e combativos profissionais.
O corpo será cremado neste sábado (13/10), a partir das 13h30. Às 8h30 acontece o velório, na capela A do Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.
Atualização: a missa de sétimo dia está marcada para sábado (20/10), às 17 horas, na Igreja Nossa Senhora da Conceição (Rua Conde de Bonfim, 987. Tijuca).

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