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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Fenaj cria sua Comissão da Verdade e Justiça

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) anunciou a criação de sua Comissão Nacional Memória, Verdade e Justiça em Rio Branco, no Acre, durante o 35º Congresso Nacional da categoria. O grupo será presidido por Sérgio Murillo de Andrade, integrante do Departamento de Relações Institucionais da entidade.
A tarefa da comissão será colher dados e depoimentos referentes a profissionais da imprensa agredidos, torturados ou assassinados pelo regime militar (1964-1985). Entre os jornalistas que devem fazer parte da equipe está Carlos Alberto Oliveira (Caó), ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio. Audálio Dantas, que estava à frente do Sindicato de São Paulo quando Vladimir Herzog foi morto (1975), também deve compor a comissão.
“Nossa ideia é fazer um trabalho profissional, de levantamento de dados com bastante fôlego”, explica Sérgio Murillo. Por ora, a Fenaj busca patrocínio para viabilizar um banco de informações completo e organizado sobre os profissionais da imprensa perseguidos durante os anos de chumbo.
“Paralelo a isso, vamos contar com o apoio dos 31 sindicatos de jornalistas do Brasil, muitos deles foram depositários de informações sobre este período”, completa o coordenador da comissão. O objetivo é ir além dos apontamentos de nomes de mortos e torturados, levantar biografias destes jornalistas e deixar a pesquisa acessível a todos em forma de publicação impressa ou online.
Violência
Ainda durante o congresso da categoria, que terminou no dia 10 de novembro, a Fenaj lançou o relatório Violência e Liberdade de Imprensa no Brasil 2011. Este documento, elaborado pela Comissão de Direitos Humanos da entidade, registra 60 casos de violência no País ao longo do ano passado.
“Os autores dos crimes, por quererem calar aquele que por ofício denuncia, revela e exige justiça, quase sempre representam o surgimento de um estado dentro do estado, uma espécie de para-estado”, expõe o presidente da Fenaj, Celso Schröder. “A morte de jornalista é o início da morte do estado de direito”, sentencia.
O relatório estará em breve disponível para consulta na sede do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio.
Com informações da Fenaj.

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