O tema da comunicação ganhou força junto aos protestos que tomaram conta do Brasil desde junho. Democratização da mídia e transparência dos veículos são reivindicações ampliadas e, no meio dessa pauta, entram também as cobranças dos próprios jornalistas.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio foi às ruas na última quinta-feira (11 de julho), Dia Nacional de Lutas. A entidade cobrou respeito aos trabalhadores da imprensa – como repórteres e repórteres cinematográficos e fotográficos – tanto por parte dos manifestantes como por parte da polícia.
“Os trabalhadores dos veículos de comunicação não representam o pensamento da empresa, é preciso deixar claro isso”, lembrou Rogério Marques, diretor do Sindicato dos Jornalistas, durante ato na Cinelândia, ao meio-dia. Sobre o assunto, a entidade publicou, no dia 3 de julho, a nota Pelo direito básico e irrestrito de noticiar.
Ainda no Dia Nacional de Lutas, antes da passeata das centrais sindicais, jornalistas, junto ao Sindicato dos Radialistas e à Comissão de Empregados da EBC-RJ, realizaram manifestação em frente à TV Brasil, na Avenida Gomes Freire. Na pauta, além da democratização da comunicação, a cobrança por plano de cargos e salários e o cumprimento de acordo coletivo.
“Para que se tenha justiça social no Brasil, o País precisa democratizar as comunicações. E isso passa pelo fortalecimento da comunicação pública, que precisa valorizar os seus profissionais”, destaca o diretor do Sindicato dos Jornalistas Bruno Cruz.
O Dia Nacional de Lutas foi convocado pelas centrais sindicais juntamente com movimentos sociais e populares. O Sindicato participou da manifestação na Avenida Rio Branco, cobrando respeito aos direitos trabalhistas.
Jornalistas também se organizaram para manifestações em outras capitais. Em São Paulo, ocorreu um ato público de desagravo aos profissionais da imprensa agredidos no exercício de suas funções durante as manifestações. Em Porto Alegre, os jornalistas também empunharam bandeiras históricas da categoria, como a obrigatoriedade do diploma.
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Manifestação em frente à TV Brasil