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quarta-feira, novembro 27, 2024
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Dupla função: EBC e Acerp evitam dar fim ao problema

Se depender da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a dupla função exercida pelos seus repórteres cinematográficos no Rio – que têm que fazer as vezes de auxiliar de câmera – só será resolvida em novembro. Isso porque lá no fim do ano os aprovados no concurso de agosto devem começar a trabalhar.
Este cenário foi descrito por representantes da própria empresa na manhã de 22 de julho, em mesa-redonda no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), solicitada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio junto ao Sindicato dos Radialistas do Estado após denúncia da Comissão de Empregados da EBC-Rio.
A Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), que presta serviço para a EBC, também participou do encontro. Seus representantes disseram, claramente, que a questão de dupla função é um problema da EBC.
A empresa estatal disse que a resolução virá com os cinco auxiliares de câmeras previstos para serem lotados na TV Brasil no Rio a partir do concurso de agosto. A questão é que, até novembro, quando os concursados devem chegar à empresa, segue a dupla função. O que existe, por ora, é uma informação, extraoficial, que dá conta de contratação temporária de dez auxiliares.
Além disso, a EBC não quis se comprometer a convocar trabalhadores de outros setores – e nem de outras praças – para completar a falta de funcionários no Rio, mesmo que a sobrecarga se acentue durante eventos como a Jornada Mundial da Juventude.
O Sindicato dos Radialistas ainda lembrou que cargos previstos no edital do concurso marcado para agosto passam por cima da lei dos radialistas e podem ser questionados judicialmente.
Durante a reunião, a Comissão de Empregados colocou na mesa outras irregularidades que acontecem na TV Brasil. Um caso grave de segurança apresentado é a falta de grade de proteção no interior dos carros de reportagem. Essas grades têm a função de isolar, na parte traseira do veículo, os equipamentos de gravação. Isso evita que, em caso de acidente ou freada brusca, esses equipamentos sejam projetados sobre os ocupantes desses carros. Esta norma, que inclusive consta em acordo coletivo, não está sendo seguida pela emissora por um motivo mais que absurdo: a empresa terceirizada, que é proprietária dos veículos, alega que os carros têm seus valores de venda reduzidos se forem colocadas grades de proteção.
A Comissão de Empregados entregou às empresas uma lista de reivindicações, com problemas que se apresentam em diferentes áreas da EBC.
Também durante a reunião, os sindicatos solicitaram à Acerp que sejam chamados para tratar das demissões que vêm acontecendo diante do fim do contrato entre EBC e a associação. Caso contrário, a saída será ir ao Ministério Público do Trabalho, como foi feito em relação à Rede Record.

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