O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro repudia com veemência todas as formas de violência que têm sido praticadas contra os profissionais da imprensa em nossa cidade.
Não para de aumentar o número de casos de agressões contra profissionais de imprensa registrados no relatório que o nosso Sindicato elabora para entregar, em novembro, às autoridades locais e internacionais durante audiência pública que será realizada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, sobre Liberdade de Imprensa e Violência contra Jornalistas.
Há dezenas de registros de ataques cometidos tanto por policiais militares como por manifestantes. Policiais militares têm usado cassetetes e balas de borracha, além bombas de gás lacrimogêneo, para tentar impedir os jornalistas de registrar prisões ou agressões a manifestantes.
Já a alegada revolta de manifestantes contra a linha editorial dos veículos da imprensa comercial jamais poderia justificar os atos de violência que têm praticado contra os jornalistas. Os trabalhadores não podem ser responsabilizados pela linha editorial das empresas nas quais trabalham. Nosso Sindicato defende, inclusive, o valor do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. Reivindica o respeito patronal à Cláusula de Consciência, segundo a qual, todo profissional pode se negar a cumprir tarefas que firam a ética e os direitos humanos, sem perder o emprego.
É fato que a luta pela democratização da comunicação é legítima e se trata mesmo de uma bandeira de nosso Sindicato. Mas o direito humano à comunicação deve ser cobrado do Estado. Cercear o trabalho de jornalistas, hostilizá-los ou agredi-los fere gravemente a liberdade de imprensa, a democracia e os direitos humanos.