Não é mais novidade que vivemos em uma das cidades mais caras do mundo. Por isso, o Sindicato vai negociar o reajuste salarial dos jornalistas este ano com base na inflação oficial medida no município do Rio, e não no indicador nacional. Os custos subiram 6,16% na cidade de janeiro a dezembro do ano passado, superior aos 5,91% da média nacional, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Além da reposição da inflação, será negociado um aumento de 5%, o que totaliza uma proposta de reajuste dos salários nas redações em 11,47% este ano.
Piso salarial para os jornalistas do Rio é a novidade da campanha deste ano
Segurança é questão primordial na proposta a ser negociada com patrões
Mesmo usando o índice nacional, a corrosão dos salários dos jornalistas é visível. Em janeiro deste ano ele vale somente 94,94% do poder aquisitivo que tinha em janeiro do ano passado, de acordo com levantamento feito pelo Dieese a pedido do Sindicato.
O aumento do valor dos tíquetes de alimentação e de refeição também seguirá a lógica de uma das cidades mais caras do globo. Como mostram os números do IBGE, o custo de comidas e bebidas no Rio (9,34%) lidera entre as grandes capitais e também supera a média nacional (8,48%). Logo, a proposta aprovada pela assembleia contemplará o valor de R$ 29 por refeição e de R$ 700 a serem gastos mensalmente em compras de supermercados. Já o valor da participação de lucros e resultados será equivalente a um salário mensal do jornalista.