Sindicato dos Jornalistas

sábado, novembro 23, 2024

Camila Marins

“O Congresso Nacional de Jornalistas representou um importante espaço de diálogo com colegas de outros estados. Mesmo com o tema principal sobre democracia, presenciamos poucas mulheres e negros como debatedores nos painéis. O debate sobre o mundo do trabalho e suas transformações nos trouxe importantes reflexões sobre a crise de identidade de classe que vivemos: nós jornalistas, somos trabalhadores, e não patrões. Nesse sentido, o caráter classista do congresso deixou a desejar quando rejeitou uma moção de repúdio ao jornal Tribuna Independente, que trouxe como matéria de capa a manifestação que nós, jornalistas, fizemos durante a fala do ministro Aldo Rebelo. “Copa pra quem?” Não significa que não queremos copa, mas sim que queremos uma Copa voltada para o povo brasileiro. O jornal trouxe como única fonte o ministro, sem ouvir as vozes do manifestantes, como prega nosso código de ética. O Tribuna Independente era uma das mídias parceiras nos cartazes, banner, outdoor, etc do Congresso. A pergunta fica: por que rejeitar uma moção de repúdio a um jornal que feriu nosso código de ética?”

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