Companheiros jornalistas,
A grave situação financeira do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro foi motivo de debate durante a campanha eleitoral deste ano. Todos já sabiam, com base em informações da própria gestão que encerrava seu mandato, que nossa entidade sindical estava literalmente quebrada. Mas o quadro enfrentado pela nova Diretoria em seu primeiro mês de atuação mostrou-se bem mais sério – dramático mesmo.
Assumimos a direção do Sindicato em 26 de agosto. Nesse mesmo dia foram pagos, ainda pela gestão que terminava o mandato, os salários dos funcionários referentes à segunda quinzena do mês – algo em torno de R$ 9.200,00. A partir desse pagamento começamos a viver o drama de uma entidade em situação pré-falimentar, pois as contas bancárias ficaram praticamente zeradas.
A situação é tão crítica, que não houve recursos em caixa para o envio, pelo Correio, dos boletos das mensalidades com vencimento em 15 de setembro. A entidade solicitou – e permanece solicitando – que os colegas jornalistas fizessem um esforço para que esse pagamento seja realizado nas dependências do Sindicato, através de depósito em caixa eletrônico ou por meio de transferência entre contas.
Veja como:
O SJPMRJ oferece aos associados três maneiras de quitar a mensalidade:
– Pagamento presencial – na sede do Sindicato
– Depósito no caixa eletrônico
– Transferência entre contas.
O depósito no caixa eletrônico ou transferência bancária devem ser feitos para:
Banco do Brasil
Agência 2975-0
Conta 43186-9
CNPJ: 340574480001-63
Déficit como herança
A grande dificuldade, no entanto, não era apenas assumir o Sindicato com poucos centavos em suas contas correntes. O maior problema, explicitado em momento posterior, é o absurdo déficit que a gestão passada deixou como herança. Déficit este que, de maio a setembro, atingiu a soma de 300 mil reais(!). Dívidas relevantes com o INSS, com o plano de saúde dos empregados, com o condomínio etc.
E como resolver este quadro caótico se as receitas ordinárias do Sindicato, com a arrecadação das mensalidades, não passam de R$ 13.000,00 por mês – para uma despesa corrente que chega a quase R$ 70.000,00?
Este é o nosso desafio!
No momento, temos tentado enfrentar um leão a cada dia. Conseguimos a ajuda de uma entidade sindical para o registro da ata de posse – condição obrigatória para assumirmos de fato e de direito o Sindicato. Além disso, os diretores têm se cotizado para suprir material de expediente e até mesmo para garantir recursos, com o objetivo de viabilizar o transporte dos funcionários que não receberam o adiantamento salarial, em meados de setembro, como de praxe. E não temos ainda garantidos o dinheiro para pagar o salário no final do mês.
Estamos mobilizados à cata de receitas que foram irresponsavelmente negligenciadas pela diretoria passada, e em negociação com algumas entidades sindicais em busca de empréstimo que nos permita algum oxigênio para tocar a entidade nos próximos meses – mas a grave crise por que passa o país não facilita as coisas.
Como denunciávamos na campanha eleitoral, o modelo de gestão imposto pela diretoria passada fracassou política, administrativa e financeiramente. O impasse nas campanhas salariais, o desrespeito a decisões de assembleia, o afastamento da categoria, a má administração da entidade, a não conquista de novas fontes de receita e o rombo nas contas – aliados a um momento grave de demissões dos jornalistas – são os danos que todos somos obrigados a enfrentar.
Nesse momento, mais do que nunca, a categoria precisa se unir em busca de saídas para a grave crise por que passamos. Precisamos da ajuda de todos para garantir as receitas provenientes das mensalidades – e para que os colegas filiados que estejam em atraso coloquem suas contribuições em dia. Precisamos intensificar a sindicalização de novos companheiros e o retorno daqueles que se afastaram diante do descalabro dos últimos anos na direção do Sindicato.
E é bom que fique registrado que não nos esquecemos da promessa de campanha, de providenciar a auditoria das contas da gestão passada, visando cobrar responsabilidades por possível malversação das mensalidades arrecadadas da categoria – mas, até mesmo esse exame necessita de verba para ser viabilizado.
A crise é séria, mas não abandonaremos a guerra.
Contamos para isso com o coração, a mente e os braços da categoria para que o nosso Sindicato possa superar as dificuldades presentes, se fortalecer e permanecer firme na luta em benefício dos jornalistas cariocas.
Juntos, somos fortes!
A Diretoria