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sábado, novembro 23, 2024
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Repúdio e indignação diante das agressões

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro volta a externar sua indignação diante de novos casos de profissionais da imprensa feridos em nossa cidade durante as manifestações de rua.
Na quinta-feira (20 de junho), o repórter da GloboNews Pedro Vedova foi atingido na testa, enquanto trabalhava, por uma bala de borracha disparada por policiais militares. O repórter fotográfico Marcelo Piu, de O Globo, também foi ferido por bala de borracha. A repórter Mônica Puga foi atingida por uma lixeira jogada por manifestante. No dia anterior, o jornalista Vladimir Platonow, da EBC, foi espancado por seguranças do Terminal Rodoviário de Niterói, quando cobria as manifestações naquela cidade. E, na segunda-feira, o repórter fotográfico Ernesto Carriço, de O Dia, foi atingido na cabeça por uma pedra jogada por um dos que depredavam prédios no Centro do Rio.
Pelo menos 40 pessoas ficaram feridas nas manifestações de quinta-feira, que reuniram mais de 300 mil pessoas no Centro da cidade. Novamente, exigimos que as autoridades reprimam os maus policiais que mostram despreparo para agir em situação de tensão e usam a violência indiscriminadamente, atingindo inocentes.
O Sindicato repudia também a ação de vândalos e elementos infiltrados que tentam comprometer o caráter majoritariamente pacifico e legítimo das manifestações. Essas pessoas têm causado danos inaceitáveis ao patrimônio público, atacado jornalistas e destruído seus equipamentos de trabalho. Na quinta-feira, um carro de transmissões do SBT foi incendiado nas proximidades da Prefeitura. Por sorte a equipe escapou sem ferimentos.
Erros repetidamente cometidos por grandes empresas jornalísticas, como a manipulação de informações, a criminalização dos movimentos sociais e trabalhadores, o escamoteamento dos fatos para favorecer seus aliados econômicos e políticos não justificam o ataque a seus empregados. A luta pela democratização da mídia já está em curso e tem o apoio do Sindicato e de boa parte dos jornalistas e da população.
Os profissionais de imprensa agredidos devem procurar o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro para obter qualquer tipo de apoio, inclusive jurídico, para processar os responsáveis pelas agressões (21 3906-2450 ou sindicato-rio@jornalistas.org.br).
Exigimos a apuração rigorosa e punição dos culpados pelas agressões, depredações e assaltos. Punir esse tipo de criminosos é um dever do Estado e um princípio básico da democracia
Quanto aos milhares de manifestantes que lutam pacificamente por um Brasil melhor, a nossa total solidariedade.
FOTO: Fernando Frazão/ABr
Texto atualizado às 15h02 de 21 de junho de 2013.
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