Vida do jornalista Tim Lopes chega às telas em setembro

Na rotina do cineasta Guilherme Azevedo, a correria inerente às fases finais de produção de um longa-metragem se acentuou nos últimos dias. Enquanto se debruça junto com sua equipe sobre o material já coletado do documentário Histórias de Arcanjo, sobre a vida do jornalista Tim Lopes, o diretor prepara mais duas viagens com câmera na mão em busca das últimas entrevistas.
O jornalista assassinado em 2002 na Vila Cruzeiro, no Rio, durante reportagem sobre venda de droga e exploração sexual será homenageado em setembro com a estreia do filme. A previsão inicial era para que a obra chegasse às salas de cinema em junho, mês em que se completa dez anos da morte de Tim Lopes. “Preferimos segurar um pouco para não fazer as coisas correndo”, afirma Azevedo.
O documentário traça a vida de Tim – cujo nome de batismo era Arcanjo – desde a infância no Rio Grande do Sul. O fio condutor do filme é Bruno Quintella, filho do jornalista.
Dentro de quinze dias, Bruno, Guilherme e equipe saem novamente para captar entrevistas e outras imagens que estão faltando para completar o traçado da história do jornalista. “Até lá estamos mais focados na edição daquilo que já conseguimos captar”, completa o diretor.
Seminário
No dia 1º de junho, um trecho do filme será exibido no encerramento do seminário Jornalismo de Risco no Brasil: Tim Lopes, 10 anos depois. O evento, organizado pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), propõe debates entre empresas de comunicação, entidades que representam os jornalistas e os profissionais que estão na linha de frente na cobertura.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio, Suzana Blass, estará entre os debatedores da mesa ‘O que podem/devem fazer as empresas para prevenir os riscos de suas equipes’.
Foto: Divulgação Filme