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quinta-feira, maio 2, 2024
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Ex-empregados da Bloch fazem homenagem a juíza

A seguir, artigo escrito por ex-funcionários da Bloch Editores.
Uma juíza que faz justiça*
O primeiro de agosto de 2000 foi um dia trágico para os 2,5 mil funcionários de Bloch Editores (que tinha como nave-mãe a revista Manchete). Com a decretação de falência da empresa, eles de repente se viram privados de trabalho e diante da ameaça literal de estarem no olho da rua com suas famílias, que somavam 10 mil pessoas. Só depois de quatro anos, os ex-funcionários, sob a liderança de José Carlos Jesus, com o apoio de um punhado de bravos, começaram a tomar pé e estabelecer um diálogo com a Massa Falida e com os setores da Justiça vinculados à falência de Bloch Editores.
Uma grata surpresa foi a simpatia e solidariedade que os ex-empregados receberam da Juíza da 5ª Vara Empresarial, dra. Maria da Penha Nobre Mauro, de seu assistente, dr. Cláudio José Silos Soares, do representante do Ministério Público, dr. Luiz Roldão de Freitas, e da síndica da Massa Falida, dra. Luciana Trindade Pessoa da Silva.
Particularmente importante foi a atuação da juíza da 5ª Vara Empresarial, não só agilizando o processo, mas imprimindo a ele uma sensibilidade humanista rara na chamada “máquina da Justiça.” Chefiando uma das varas mais movimentadas do Fórum, a dra. Maria da Penha soluciona sem demora alguns dos processos mais complicados do Rio de Janeiro. Na terça-feira, 4 de setembro, ela recebeu em seu gabinete uma comissão de ex-funcionários que a homenageou por sua atuação com a entrega de uma placa comemorativa.
Entre outros, estiveram presentes Murilo Melo Filho, José Carlos Jesus, José Alan Leo Caruso, Roberto Muggiati, José Jileno Sandes Dias , Arminda de Oliveira Faria, Zilda Ferreira, Genilda Tuppini, e o presidente do Sindicato dos Gráficos do Rio de Janeiro, Jurandi Calixto Gomes.
Na ocasião, a juíza, emocionada, revelou o segredo do seu sucesso: “Por trás dessa montanha de papeis eu vejo apenas o ser humano. Poderosos ou pobres, cada um deles é uma pessoa, um indivíduo sedento de justiça.”
(*) Texto de José Carlos Jesus e Roberto Muggiati

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