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domingo, maio 5, 2024
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Mais um comunicador é assassinado no interior do RJ

A violência sobre profissionais da imprensa fez mais uma vítima na noite da última terça-feira (8/1), em São João da Barra, no Norte Fluminense. O radialista Renato Machado Gonçalves foi assassinado com pelo menos quatro tiros quando chegava em sua residência, que fica ao lado da Rádio Barra FM, emissora em que era gerente e fazia reportagens de rua.
Segundo amigos da vítima, a Polícia Civil analisa imagens de câmeras de segurança que registraram a movimentação do criminoso – que não estaria usando capacete ou touca. O corpo do radialista será enterrado nesta quarta-feira (9/1), às 18 horas, no cemitério São João Batista, no Centro de São João da Barra.
“Renato era um excelente trabalhador. As causas que levaram a isso (crime) a gente não consegue imaginar”, lamenta Emilson Amaral, que trabalha na emissora. “A rádio é comunitária, é uma associação”, explica ele, em entrevista ao site do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio.
O assassinato de Renato Gonçalves acontece onze meses depois da execução de Mario Randolfo Marques Lopes, jornalista que mantinha um blog sobre a cidade de Vassouras e foi assassinado em Barra do Piraí junto com sua companheira.
No caso de Mario Randolfo, o delegado José Omena, da 88ª Delegacia de Polícia (Barra do Pirai), diz que o inquérito de investigação ainda está ativo. “Vamos exumar os corpos (do jornalista e de sua companheira) para perícia”, diz Omena ao Sindicato dos Jornalistas.
Já na investigação da morte do radialista de São João da Barra, segundo divulgado pela imprensa, testemunhas e familiares de Renato Gonçalves prestaram depoimento nesta quarta-feira na 145ª Delegacia de Polícia (São João da Barra).
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro lamenta profundamente o assassinato de Renato Gonçalves. A entidade vai seguir cobrando das autoridades responsáveis a investigação célere e a prisão dos assassinos. O Sindicato luta, junto com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e outros sindicatos da categoria, pela federalização dos crimes contra jornalistas.
LEIA MAIS: Ações na busca por segurança dos jornalistas | Nota da Fenaj
*Texto atualizado às 15h33 de 9 de janeiro de 2013.
Atualização: A delegada Madeleine Rangel, responsável pela investigação, levanta a hipótese de crime político ou passional. O radialista chegou a ser agredido na Câmara de Vereadores de São João da Barra no ano passado e tinha “desavenças” com personalidades locais. “Como Renato mantinha atuação pública, aumenta muito o espectro da investigação”, destaca a delegada.
Já a possibilidade de crime passional surgiu depois de informações obtidas pela Polícia de que a esposa do radialista era perseguida pelo seu ex-namorado.
“As imagens (de câmeras de segurança) confirmam que o crime foi por encomenda pois o executor não parece ser do convívio da vítima”, completa a delegada.
*Atualização às 12h46 de 15 de janeiro de 2013: A Polícia prendeu, na segunda-feira (14/1), um suspeito de matar o radialista em São João da Barra.

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