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sexta-feira, maio 17, 2024
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Em crise, Record cancela férias e quer demitir mais

Os engravatados que administram a Record Rio não respeitam mesmo os trabalhadores da empresa. Relatos de jornalistas dão conta de que o departamento de Recursos Humanos da emissora cortou as férias já agendadas de profissionais da redação – muitos, inclusive, com viagens marcadas.
“Na última sexta-feira (1º de março), um email do RH dizia que as pessoas não poderiam tirar férias antes de chegar próximo do prazo de vencer duas férias”, relata um empregado da Record Rio. Na prática, muitos funcionários vão trabalhar quase dois anos sem o descanso previsto em lei. Apenas os que tinham período programado para março garantiram seu direito.
“É um email ardiloso, que vem com informes, como aula laboral. A última coisa é essa notícia sobre as férias”, relata um jornalista.
Essa medida arbitrária da emissora do bispo Edir Macedo acontece após a empresa tirar o pagamento dobrado de feriados e alterar a escala do final de semana dos jornalistas. Para piorar, de acordo com relatos, os auxiliares de câmera (radialistas) agora são obrigados a atuar também como motoristas – sem qualquer experiência na função.
Enquanto isso, as demissões a conta-gotas não param. Em 2012, foram dispensados 14 jornalistas. Para esta semana, boatos dão conta de que sete equipes de reportagens – com repórter, repórter cinematográfico e auxiliar de câmera – podem ser demitidas. Isso acabou acentuando o clima péssimo na redação, sem condições de trabalho.
Diante da situação, a direção e o setor de Recursos Humanos da emissora, novamente, fogem de suas responsabilidades e não retornam as ligações de representantes sindicais.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio lamenta profundamente o que a direção da Record vem fazendo com seus profissionais e com o setor de radiodifusão na cidade – sucateando as condições de trabalho de seus empregados. O Departamento Jurídico do Sindicato vai usar todas as ferramentas possíveis para interromper o desrespeito e o abuso da emissora e está à disposição dos profissionais prejudicados.
Os jornalistas que tinham férias combinadas com a empresa, viagem paga ou hotel reservado em função disso – e possuem algum comprovante desse agendamento de férias, como email do chefe, por exemplo – podem cobrar da emissora uma indenização.
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*Texto atualizado às 17h44 de 5 de março de 2013.

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