Diante de demissões a conta-gotas, corte de férias e atraso em pagamentos na TV Record Rio, o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio e o Sindicato dos Radialistas do estado fizeram manifestação conjunta na manhã de sexta-feira (8/3), em frente à sede da emissora, em Benfica. As entidades lembraram aos diretores da empresa – com a ajuda de megafone, faixa e panfletos – o desrespeito que eles impõem aos trabalhadores.
“Os profissionais que fazem os produtos da emissora não estão sendo valorizados e vivem uma situação de insegurança com essa política de cortes”, salienta o diretor do Sindicato dos Jornalistas Rogério Marques.
Para a semana que vem, ficou agendada uma reunião com a presidência da Record Rio. Os representantes dos trabalhadores ainda exigiram ter acesso à redação para conversar com os profissionais. Novos protestos podem ser agendados.
Os problemas na emissora de Edir Macedo – dono de uma fortuna de R$ 2 bilhões, de acordo com a revista Forbes – se agravaram na virada de 2012 para 2013. No ano passado, a empresa cortou o pagamento dobrado de feriados trabalhados. E, na última semana, enviou email aos empregados dizendo que suas férias estavam suspensas até que o prazo limite estabelecido por lei (dois anos) estivesse próximo.
“O clima na empresa toda é horrível”, conta um funcionário. A Record garantiu ao Sindicato dos Jornalistas que empregados que tinham férias marcadas – com passagens compradas ou hotéis reservados – terão o período de descanso respeitado. Para isso, no entanto, é necessário que comprovem que já fizeram o pagamento dessas despesas. Um absurdo!
As demissões a conta-gotas são criticadas também pelos radialistas. De acordo com o presidente do sindicato desta categoria, Miguel Walther da Costa, as dispensas são injustificadas e já passam de dez só nos dois primeiros meses de 2013.
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