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domingo, abril 28, 2024
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Investigação do MPT apressa mudança da Rádio MEC

Uma inspeção do Ministério Público do Trabalho, na última sexta-feira (22/3), obrigou a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) a agilizar a realocação da Rádio MEC. Até então instalada em um prédio de condições insalubres e sem infraestrutura na Praça da República, a rádio foi para a Avenida Gomes Freire, junto à TV Brasil (foto).
O diretor-geral da empresa, Eduardo Castro, comunicou a mudança para a Comissão de Empregados da EBC-Rio durante reunião na sexta-feira. Nesta terça-feira, a procuradora Cynthia Lopes – que classificou a situação do prédio da Praça da República como “lastimável” – teve audiência com a EBC para dar prosseguimento ao inquérito.
A instalação dos equipamentos de trabalho no novo local resultou em sobrecarga na instalação elétrica do prédio da Gomes Freire, na tarde desta segunda-feira (25/3), relatam funcionários. Dezenas de computadores queimaram, além de uma impressora. A Superintendência de Rádio disse ao Sindicato dos Jornalistas que o problema foi externo, da rede elétrica.
Em comunicado publicado na Internet, a Comissão de Empregados informa que o diretor-geral da EBC garantiu que a rádio não vai sair do ar em momento algum em função da transferência de local. O comunicado lembra ainda que, como consequência da mudança e diante das dificuldades de acesso a estúdios e equipamentos de edição, os profissionais da Rádio MEC terão que trabalhar mais com entradas ao vivo do que com gravações. A projeção da empresa é que todos empregados estejam realocados até dia 5 de abril, no máximo.
Um jornalista da EBC informou que na quinta-feira (21/3), véspera da visita do Ministério Público do Trabalho ao antigo prédio, a gerência da empresa e a Superintendência de Rádio se reuniram com os funcionários e afirmaram que a mudança iria acontecer, mas não estabeleceram uma data. No dia seguinte, a Procuradoria já vistoriava os espaços de total precariedade onde trabalhavam cerca de 90 profissionais, agilizando assim o processo de realocação.
A EBC comunicou ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio que 11 empregados ainda não se mudaram porque estão finalizando a transferência, empacotando arquivos e documentos.
A promotora Cynthia Lopes foi procurada pelo Sindicato dos Jornalistas para relatar detalhes da investigação sobre a administração do prédio da Praça da República. A assessoria da 1ª Procuradoria do Trabalho informou, no entanto, que a procuradora não se pronunciará até o fim das investigações.
O prédio da Rádio MEC, na Praça da República, é mais uma das instalações precárias onde a EBC demonstra desrespeito com seus funcionários. No ano passado, o Sindicato havia denunciado esgoto gotejando do teto de um dos banheiros do prédio da Praça Mauá onde trabalhavam cerca de 15 jornalistas da Agência Brasil e Rádio Nacional. Fiação e canos expostos também eram comuns por lá.

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