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sexta-feira, maio 3, 2024
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Assessores têm assembleia nesta terça-feira (2/4)

Os assessores de imprensa do Rio têm assembleia marcada para terça-feira (2 de abril), a partir das 20 horas. O encontro, no auditório do Sindicato dos Jornalistas (Evaristo da Veiga 16/17º andar), vai deliberar sobre a contraproposta apresentada pelos empresários para o acordo coletivo 2012-2013.
A assembleia também vai definir a pauta de reivindicações da campanha salarial 2013-2014 dos assessores cariocas. Entre o fim de 2012 e início deste ano, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio visitou empresas de assessoria para fazer um levantamento do mercado de trabalho sob o ponto de vista do empregado. Os resultados foram divulgados na edição 38 do Lidão, impresso do Sindicato dos Jornalistas.
Em um universo de 173 jornalistas, de nove das principais empresas de assessoria de comunicação da cidade do Rio de Janeiro, apenas 53,4% têm carteira assinada pelo contratante (confira gráfico aqui).
A pesquisa escancara e dá números à precarização nas relações de trabalho, como a contratação via sócio-cotista e pessoa jurídica, prática que caracteriza “fraude trabalhista” no entendimento do Ministério Público do Trabalho. Além disso, revela a dura realidade no quadro de benefícios e salários dos jornalistas em assessorias no Rio.
A prática da precarização não garante férias e décimo-terceiro salário ao empregado. A pesquisa revela que 27% dos entrevistados não recebem tíquete-alimentação. De acordo com o levantamento (confira ao lado), 45,3% responderam não ter direito a auxílio saúde oferecido pela empresa, e a 51,6% não é garantido vale-transporte. Os números vão servir para fortalecer e concentrar as reivindicações dos jornalistas durante negociações com as empresas do setor.
Como foi publicado na edição 36 (dezembro) do Lidão, foi preciso que o Sindicato dos Jornalistas entrasse com pedido de mesa-redonda no Ministério do Trabalho, em dezembro do ano passado, para que algumas assessorias permitissem o acesso de representantes sindicais às redações para fazer a pesquisa. Mas antes mesmo de ser realizada a reunião mediada pela Superintendência do Trabalho, as assessorias mudaram de ideia e marcaram as visitas.
A pesquisa revelou algumas prioridades que devem ser estabelecidas para os profissionais do setor. A principal deve ser a busca por melhores salários – justamente uma das questões que, todo ano, atrasam a assinatura do acordo coletivo com o Sindicato Nacional das Empresas de Comunicação (Sinco).
O segmento de assessorias cresceu 17% em 2012, e o faturamento passou a ser de R$ 2 bilhões. Os números são da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom). No entanto, é o mesmo setor em que apenas 24,5% dos jornalistas recebem Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Só quatro das nove empresas pesquisadas pagam a PLR aos seus empregados.
Muitas questões que ficaram comprovadas no levantamento já estão há anos nos escaninhos de promotores da Procuradoria do Trabalho da 1ª Região, como denúncias de precarização, por exemplo.
A pesquisa ouviu 173 jornalistas das seguintes empresas: FSB, Llorente & Cuenca, Approach, CDN, S2Publicom, Insight, Textual, Inpress Porter Novelli e Monte Castelo.

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