A partir deste 14 de março, o Jornal do Brasil, na sua nova versão impressa, deixa de circular. A decisão foi anunciada formalmente aos jornalistas pelo empresário Omar Catito Peres, que alegou aos profissionais que o jornal era economicamente inviável.
Desde o ano passado o jornal vinha passando por dificuldades, quando começou a atrasar os pagamentos dos trabalhadores funcionários. O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro acompanhou desde o começo a situação dos trabalhadores jornalistas. Realizou reuniões e assembleias com os funcionários do jornal, esteve inclusive com o dono do JB para buscar uma solução.
Com baixa tiragem e dificuldades em atrair anunciantes e venda nas bancas, mas com um time de craques do jornalismo que enfrentaram o atraso salarial de três meses e o não pagamento dos demais direitos trabalhistas, a redação realizou uma paralisação de 24 horas no dia 12 de março, na tentativa de obter uma resposta positiva às suas reivindicações.
Não houve acordo e o comunicado do fechamento veio nesta quarta-feira (14), sem previsão de recebimento dos direitos trabalhistas. “Quando tiver” foi a promessa de pagamento feita por Catito Omar Peres, ao se dirigir aos jornalistas para sugerir que “passassem no dia seguinte para dar baixa nas suas carteiras de trabalho”.
A orientação do Sindicato dos Jornalistas é de que os trabalhadores devem dar “baixa” na carteira e entrar na justiça para receber as rescisões e os atrasados a que cada um tem direito.
O Jornal do Brasil vai continuar somente na versão on line. O Sindicato vai permanecer acompanhando a situação dos trabalhadores, tanto dos que saíram, quanto dos que ficaram para fazer a versão on line.