Na primeira reunião de negociação realizada com as empresas de radiodifusão e as de impressos – dia 29/01 em horários diferentes -, a representação patronal decidiu “inovar” e apresentou a mesmíssima proposta para os dois segmentos:
. reajuste linear de 3% nos salários e benefícios (vale refeição/alimentação, creche, seguro de vida, reembolso funeral)
. manutenção de todas as demais cláusulas da CCT 2023, ou seja: zero de PLR e de adicional por tempo de serviço, por exemplo.
A resposta do Sindicato foi imediata. Para nós, esse índice de reajuste proposto não passa de uma referência, uma vez que a inflação de janeiro não foi sequer divulgada. E reafirmamos: nossa proposta é reajuste integral pela inflação do período e REPOSIÇÃO DAS PERDAS ACUMULADAS. Disso, não abriremos mão em nenhuma hipótese.
Para justificar o índice irrisório, o argumento dos dois segmentos foi o mesmo, a “instabilidade” econômica do país. Neste ano, o fantasma da vez foi o fim da desoneração da folha. Lembramos que durante anos as empresas foram beneficiadas com a desoneração e isso não resultou em nenhum benefício para os empregados, ao contrário, o ano passado foi marcado por demissões em massa.
Ao encaminhar a formalização da sua proposta, o segmento da radiodifusão listou as reivindicações rejeitadas: os itens relativos à recomposição das perdas, garantia de emprego, teletrabalho, plano de saúde e odontológico, acompanhamento médico covid-19, desvio e acúmulo de função, exercício profissional, ratificação da convenção nº 190 da OIT, homologação, equidade de gênero e racial, automação, adicional por trabalho multiplataforma. E ainda os itens da pauta nacional: garantia da liberdade sindical e ações para a construção de um ambiente de trabalho saudável.
Para o Sindicato, está claro que as empresas repetiram a estratégia de apresentar uma proposta rebaixada na tentativa de nos matar pelo cansaço. Nossa resposta tem que ser a MOBILIZAÇÃO CONJUNTA. A união dos dois segmentos, numa campanha única, será a nossa força para quebrar a resistência dos patrões.
O segmento de impressos ainda não encaminhou a proposta formalmente.
As próximas reuniões de impressos e radiodifusão estão marcadas para o mesmo dia, em horários diferentes – 7 de fevereiro, quarta-feira.
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