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quinta-feira, abril 25, 2024
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Agressão à jornalista é punida com ação social

A agressão aconteceu no dia 27 de outubro/2016, quando a jornalista Cláudia Freitas atuava como assessora de imprensa em uma casa de shows, no Centro.
No registro de ocorrência, feito na Delegacia da Mulher, a jornalista informou que a violência partiu de uma equipe de produção cinematográfica, quando ela teria solicitado a identificação para a entrevista com o artista. A partir deste momento, diz que foi desclassificada como profissional e teve seu rosto atingido por um copo de bebida, cujo conteúdo atingiu ainda outras pessoas presentes.
O caso não parou por aí. Durante uma audiência preliminar, em abril do ano passado, uma das advogadas dos agressores, teria dito na presença da conciliadora que se a vítima não entrasse em acordo, seria aberto um novo processo cível contra ela.
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Após a agressão, Cláudia Freitas postou no seu perfil do Facebook, os fatos ocorridos na casa de shows, chegando a citar os nomes dos envolvidos, o que motivou que os réus entrassem com processo cível contra a jornalista, pedindo indenização por danos morais de R$ 40 mil.
A postagem foi apagada pela jornalista antes mesmo de ser notificada pela Justiça, que determinou uma multa diária no valor de R$ 500, caso ela mantivesse o comentário na sua rede social. Os réus também processaram o Facebook, após a multinacional se recusar a retirar totalmente a postagem por entender não ter ocorrido violação das normas de postagens estabelecidas pela empresa.
Ao final, os três réus na ação criminal foram condenados pelo I Juizado Especial Criminal da Comarca do Rio de Janeiro a pagarem uma multa de custas processuais e cesta básica no valor de R$ 900 a uma instituição de caridade.
Quanto a ação cível movida contra a jornalista, foi retirada pelos réus, com pedido de desculpas mútuo. Na mesma decisão, o Facebook foi poupado do processo.
“Enquanto as duas ações estavam tramitando, os agressores procuraram pessoas do meu convívio para tentar mudar a versão dos fatos, fizeram ameaças veladas, tentaram me amedrontar, criar uma situação desfavorável para eu desistir do processo criminal, mas no final, eles que desistiram do processo cível”, contou Claudia Freitas.
“O mais importante foi ver a Justiça sendo feita a favor de um profissional do jornalismo, ultimamente eleitos como sacos de pancadas. Temos sim, que denunciar a violência, a censura e fazer valer a liberdade de expressão de todo e qualquer cidadão”, finalizou .

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