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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Assessorias: altos lucros embalados pela precarização

Donos das grandes empresas de comunicação corporativa gabam-se dos números: o setor cresceu 300% na última década, segundo levantamento publicado pela Folha de S. Paulo. As agências faturaram R$ 2 bilhões no ano passado, enquanto que em 2001 foram R$ 500 milhões.
Pegando como base apenas empresas do Rio de Janeiro, a receita deste lucro crescente tem como ingrediente a precarização das relações trabalhistas. Contratação de profissionais, muitos deles jornalistas, via pessoa jurídica (PJ) ou sócio-cotista – quando há mera simulação da condição de sócio – tira dos donos responsabilidades asseguradas por lei ao trabalhador.
De acordo com a matéria da Folha de S. Paulo, os salários no setor podem chegar a R$ 51 mil – para diretor de comunicação de uma grande empresa.
Em agosto, durante reunião com a comissão de negociação do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio, um representante da Associação Brasileira das Agências de Comunicação afirmou que há uma “profissionalização” das contratações no segmento. Com isso, segundo ele, casos de PJ e sócio-cotistas, por exemplo, logo diminuiriam.
Porém, uma pesquisa simples pelas agências de comunicação cariocas não confirma esta tendência. Há empresas que mantêm jornalistas por anos sem qualquer contrato formal, sem vínculo algum. Vale lembrar: o Departamento Jurídico do Sindicato está à disposição dos jornalistas que quiserem buscar na Justiça seus direitos.
Os assessores de imprensa do Rio de Janeiro estão em campanha salarial para a negociação do acordo coletivo 2012/2013. Na pauta de reivindicações está o fim da precarização das relações trabalhistas – irregularidade sobre a qual o Ministério Público do Trabalho está de olho.
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