Nota de Repúdio – Carnaval 2018

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro esteve no Sambódromo, no Carnaval, fiscalizando as condições de trabalho dos jornalistas durante a cobertura dos desfiles das escolas de samba. Além de diversos problemas, verificou que os profissionais muitas vezes são impedidos de desempenhar, a contento, a função de levar a notícia ao público. O SJPMRJ repudia o cerceamento à liberdade de imprensa e exige que as autoridades responsáveis pelo espetáculo venham a público prestar esclarecimentos.
No domingo de Carnaval (11/2), primeira noite de desfile do Grupo Especial, uma jornalista do site SRzd, cuja identidade não foi revelada, foi ameaçada por um segurança truculento. A profissional buscava entrevistar Sabrina Sato, rainha de bateria da Unidos de Vila Isabel, ainda na concentração. Segundo Sidney Rezende, titular do site, o segurança empurrou todos os profissionais que se aproximavam da artista e, especialmente, a profissional do seu site. Além disso, ameaçou agredir quem insistisse em se aproximar da componente da escola.
O incidente também revelou que a profissional do site SRzd estava vulnerável, com sua atenção dividida. No momento da agressão, exercia dupla função, a de entrevistar e ao mesmo registrar imagens. Tal prática, que vem cada vez mais comprometendo a qualidade das coberturas jornalísticas, principalmente o registro de imagens, também traz insegurança ao profissional, inclusive no tocante a sua integridade física, como foi observado no Sambódromo.
O Sindicato dos Jornalistas questiona a LIESA – Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro – e repudia a atitude truculenta dos seguranças que trabalhavam no local, impedindo os profissionais de imprensa de cumprirem, livremente, a função de levar ao público a emoção do desfile. Assim como repele o exercício da dupla função – levado a cabo pelo site SRzd – na cobertura do Carnaval.