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domingo, novembro 24, 2024
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Perda salarial dos jornalistas vai além da inflação

Levantamento do Dieese a partir de dados do IBGE comprova: o reajuste salarial dos jornalistas não pode ficar atrelado aos índices de inflação. Gastos cotidianos e básicos dos profissionais da categoria tiveram aumento muito superior ao IPCA ou INPC, nos últimos 12 meses.
Na educação, por exemplo, os índices cresceram em mais de 10% – 3,3% superior à inflação medida pelo IPCA. Os cursos de idiomas, que fazem parte dos gastos de muitos jornalistas, aumentaram em 13,3% os seus preços no Rio de Janeiro, contra 10,4% na média nacional. Esse índice mostra que para ser um profissional qualificado e atualizado, conforme exigem os empresários, é preciso ter reajuste salarial justo.
Outro exemplo de gasto diário, o transporte público no Rio de Janeiro, teve elevação de 14,9% nos últimos 12 meses, enquanto a média nacional foi de 9,9%. Para os cariocas, as taxas de condomínio cresceram 8,10% e as de água e esgoto, 8,8%. Serviços laboratoriais e hospitalares aumentaram 12,7%.
Assim, atrelar o reajuste salarial à  inflação, conforme pretendem os empresários, resultaria em redução drástica do poder de compra. E, nos últimos dez anos, os jornalistas cariocas já acumularam perdas salariais maiores que 10%. Estes dados vêm sendo expostos aos sindicatos patronais de Jornais e Revistas e de Rádio e TV durante rodadas de negociações.
Pelo levantamento, os profissionais que trabalham em veículos impressos acumularam perdas salariais de 12,60% na última década. Os jornalistas de rádio e TV têm índice próximo: 10,49%.
campanha salarial 2012 da categoria cobra 12% de reajuste, o que resultaria em ganho real de 5,8%, levando em consideração a média da inflação medida pelo IPCA de fevereiro de 2011 a janeiro de 2012 (6,2%). Pesquisa feita pelo Sindicato dos Jornalistas via formulário online com mais de 90 profissionais cariocas aponta que um reajuste salarial que cubra perdas do poder de compra é a principal reivindicação da categoria.

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