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sexta-feira, abril 26, 2024
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Faturamento de agências de comunicação cresce 6,5% em 2016

As agências de comunicação passaram ao largo da crise e registraram, em 2016, um crescimento de 6,5% no faturamento: R$ 2,53 bilhões contra os R$ 2,37 bilhões de 2015. Os dados constam da edição 2017 do Anuário de Comunicação Corporativa e foram publicados nesta quinta-feira no boletim semanal Jornalistas&Cia.
As cifras bilionárias, porém, ainda não se refletiram em benefícios para a maioria dos jornalistas que atua neste segmento. Pesquisa realizada no mês passado pelo SJPMRJ revelou que somente 15,73% dos jornalistas nas assessorias ganha mais do que R$ 7.400 – cerca de oito salários mínimos. A maioria recebe entre R$ 2.600 e R$ 3.400 (16,85%); entre R$ 3.400 e R$ 4.200 (14,61%) e entre R$ 5.800 e R$ 6.600 (13,48%). A maioria desses profissionais  também trabalha mais do que o limite permitido em lei: cinco horas diárias com mais duas horas extras.
No Rio, a situação dos trabalhadores é agravada pela inexistência de uma Convenção Coletiva atualizada desde 2012. Com isso, a média dos salários foi depreciada sem nem mesmo a correção inflacionária das perdas. Um levantamento do Dieese feito a pedido do Sindicato concluiu que os jornalistas nas assessorias acumulam perdas salariais de 40%.
Nesta semana, o SJPMRJ enviou a pauta de reivindicações ao sindicato que representa as empresas, o SINCO, com vistas à retomada das negociações para 2017. A tarefa, porém, não será fácil, pois o SINCO trava batalhas com os sindicatos de jornalistas de todo o país, inclusive na Justiça, alegando que assessor de imprensa não é jornalista profissional e, portanto, eles não são obrigados a negociar acordos com as entidades de classe da categoria. Temos que intensificar a nossa mobilização para garantir que eles voltem à mesa de negociação.
Em janeiro deste ano, porém, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) reconheceu que assessor de imprensa é jornalista em decisão relativa ao dissídio 2015-2016. As empresas recorreram e agora o caso aguarda julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

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